União Europeia anuncia ajuda de € 1,6 bi para palestinos

Chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, pediu ‘governança e bom governo’ a Autoridade Palestina e declarou que o programa ‘ajudará a estabilizar a Cisjordânia e Gaza’

  • Por Jovem Pan

União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira (14) um programa de apoio financeiro de até 1,6 bilhão de euros (cerca 10,57 bilhões de reais) para os palestinos. Em uma mensagem na rede X, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, disse que o programa “ajudará a estabilizar a Cisjordânia e Gaza”.


O programa inclui aproximadamente 620 milhões de euros (4,12 bilhões de reais) em doações ao orçamento da Autoridade Palestina e aproximadamente 576 milhões de euros (3,83 bilhões de reais) para projetos econômicos na Cisjordânia e Gaza. Também inclui empréstimos de cerca de 400 milhões de euros (2,65 bilhões de reais) do Banco Europeu de Investimento (BEI).

A UE anunciou ainda o lançamento de uma plataforma de doadores destinada a mobilizar recursos para os palestinos. Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohamed Mustafa, se reunirá com ministros das Relações Exteriores da UE em Luxemburgo.


“Pedimos governança e bom governo. Isso é de extrema importância porque queremos saber como a Autoridade Palestina governará não apenas a Cisjordânia, mas também Gaza”, disse Kallas nesta segunda-feira. A alta funcionária da UE acrescentou que as primeiras reformas dos dirigentes palestinos, especialmente na esfera social, já começaram a ser implementadas.



*Com informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira 

Ex-presidente sul-coreano nega insurreição em julgamento penal

Yoon Suk Yeol foi destituído formalmente do cargo em 4 de abril, depois de ter sido afastado pelo Parlamento por sua tentativa de subverter o governo civil com uma lei marcial em 3 de dezembro

  • Por Jovem Pan

O ex-presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol negou nesta segunda-feira (14) ter cometido o crime de insurreição, ao comparecer a um tribunal penal para o primeiro dia do julgamento contra ele pelo fracasso na declaração de uma lei marcial. Yoon foi destituído formalmente do cargo em 4 de abril, depois de ter sido afastado pelo Parlamento por sua tentativa de subverter o governo civil com uma lei marcial em 3 de dezembro.


Em janeiro, ele se tornou o primeiro presidente sul-coreano em exercício a ser detido, devido ao caso penal, embora depois tenha sido liberado por questões técnicas. Yoon compareceu ao tribunal distrital de Seul na manhã desta segunda-feira. Os juízes pediram que ele pronunciasse o nome, data de nascimento e outros dados pessoais, segundo a imprensa sul-coreana.


“Classificar como insurreição um acontecimento que durou apenas algumas horas, não foi violento e aceitou imediatamente o pedido de dissolução por parte da Assembleia Nacional (…) me parece juridicamente infundado”, declarou Yoon ao tribunal. Yoon, um ex-promotor, pediu ao tribunal que mostrasse em um monitor a apresentação da Promotoria e se dedicou a rebater a declaração inicial ponto por ponto.


A Promotoria argumentou que Yoon “planejou incitar uma revolta com a intenção de subverter a ordem constitucional”. Entre as evidências citadas estão os planos de Yoon de declarar a lei marcial e o envio de militares ao Parlamento com ordens de quebrar janelas e cortar o fornecimento de energia elétrica. O tribunal deverá ouvir os depoimentos de dois militares convocados pelo Ministério Público, incluindo um oficial que afirma ter sido instruído pelo alto comando a “retirar arrastados os congressistas que estavam reunidos na Assembleia Nacional para suspender a lei marcial”.


Os deputados desafiaram os soldados armados e pularam a barreira de segurança para entrar na sede do Legislativo e revogar a lei marcial, o que obrigou Yoon a desistir da medida. Se for considerado culpado das acusações de insurreição, Yoon pode ser condenado à prisão perpétua ou até mesmo à pena de morte. A Coreia do Sul, no entanto, mantém desde 1997 uma moratória não oficial sobre as execuções.



*Com informações de AFP
Publicado por Victor Oliveira 

Banco Central intensifica campanhas educativas contra fraudes no Pix

Iniciativa surge após ser revelado que as notificações de fraudes no sistema ultrapassaram 390 mil por mês em 2024

  • Por Jovem Pan

Banco Central do Brasil anunciou que está promovendo campanhas educativas para informar os usuários sobre os mecanismos de segurança do sistema de pagamentos Pix. Essa iniciativa surge após o Broadcast revelar que as notificações de fraudes no sistema ultrapassaram 390 mil por mês em 2024. A instituição enfatiza a necessidade de verificar o nome do destinatário antes de concluir qualquer transação e alerta sobre os riscos de compartilhar dados pessoais com estranhos.


“De maneira geral, é muito importante confirmar o nome do destinatário da transação Pix antes de inserir a senha para finalizar a transação; não fornecer dados pessoais ou financeiros a desconhecidos; não aceitar sugestões de supostos pagadores para devolver o dinheiro numa conta diferente da que fez o depósito (caso desse golpe específico); ajustar o limite do seu Pix na sua instituição de relacionamento; ter cuidado com mensagens falsas que parecem ter sido enviadas por instituições financeiras ou empresas legítimas”, disse o BC em nota.


Em janeiro de 2025, o número de fraudes notificadas atingiu 324.752. Esse aumento é significativo, considerando que em 2021 foram registradas apenas 30.892 fraudes mensais. O crescimento é notável, com os dados de 2023 mostrando um total de 216.046 fraudes mensais, o que representa uma média de 0,007% do total de operações realizadas.


*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nátaly Tenório

Dino rejeita recurso e nega mudança do nome da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

Ministro do STF enfatizou que a preservação dessa nomenclatura é essencial para evitar que Estados e municípios façam mudanças arbitrárias nas designações de suas instituições de segurança pública

  • Por da Redação
  • Por Jovem Pan

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmou a proibição da alteração do nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo para Polícia Municipal. Neste domingo (13), Dino rejeitou um recurso apresentado pela Federação Nacional de Sindicatos de Guardas Municipais (Fenaguardas), que tentava anular uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que havia suspendido a referida lei municipal.


“A Lei que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) reforça essa distinção ao listar as guardas municipais como integrantes operacionais do sistema, sem, contudo, lhes atribuir a denominação de ‘polícia’”, informa Dino na decisão.


O magistrado enfatizou que a preservação dessa nomenclatura é essencial para evitar que Estados e municípios façam mudanças arbitrárias nas designações de suas instituições de segurança pública. “A denominação ‘Guarda Municipal’ é um elemento essencial da identidade institucional desses órgãos. Permitir que um município altere a nomenclatura de sua Guarda Municipal por meio de lei local representaria um precedente perigoso, pois equivaleria a autorizar Estados ou Municípios a modificar livremente a denominação de outras instituições”, defende.


“A absurda possibilidade de um município renomear sua Câmara Municipal para Senado Municipal ou sua prefeitura para Presidência Municipal exemplifica os riscos dessa flexibilização”, argumentou o ministro. A controvérsia teve início após uma decisão do STF que reconheceu a competência das guardas municipais para realizar atividades de policiamento ostensivo.


Vereadores são a favor da mudança


Em março, os vereadores de São Paulo aprovaram o Projeto de Emenda à Lei Orgânica que prevê a mudança do nome da GCM para Polícia Municipal. A votação aconteceu duas semanas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que os municípios brasileiros têm competência para instituir que as guardas civis municipais atuem em ações de segurança urbana. Após este entendimento, algumas cidades, como São Bernardo do Campo, aprovaram a mudança do nome de guarda para polícia.


Contudo, menos de 24 horas depois de a aprovação, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou que entraria na Justiça para anular a alteração. Para o MP, mudar o nome da Guarda é inconstitucional, porque “a expressão ‘polícia’ é usada para órgãos específicos, com atribuições bem delineadas no texto constitucional, que não se confundem com as das guardas”, segundo a instituição.

A mudança foi debatida no TJ-SP, que anulou a alteração do nome, e, agora, na instância superior, o STF, que retificou a decisão do TJ-SP.


*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo

Publicado por Carol Santos

Índices de internações por dengue aumentam 89% em São Paulo

Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de SP apontou que para cerca de 80% dos hospitais, as internações têm tempo médio de 5 a 10 dias

  • Por Jovem Pan

Uma pesquisa realizada no período de 25 de março a 7 de abril de 2025 pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo trouxe à tona um dado preocupante: as internações por dengue em hospitais privados do estado aumentaram em 89%. Este levantamento, que incluiu 97 hospitais, revelou que a maioria das internações, cerca de 65%, ocorreu na capital e na região metropolitana, enquanto os 35% restantes foram registrados no interior do estado. O aumento já havia sido notado em janeiro, com um crescimento de 66% nas internações, mas nos primeiros 15 dias de março, os casos dispararam, resultando em um aumento ainda mais significativo.


O impacto desse aumento nas internações também se refletiu na quantidade de pacientes que necessitaram de cuidados intensivos. O tempo médio de internação em leitos comuns chegou a 10 dias, enquanto os casos mais graves, que exigiram Unidade de Terapia Intensiva (UTI), variaram de 4 a 10 dias. A faixa etária mais afetada foi a de 30 a 50 anos. Apesar de a prevenção da dengue ser relativamente simples, bastando evitar o acúmulo de água parada, a negligência em adotar essas medidas tem contribuído para o aumento dos casos.


Em resposta a essa situação alarmante, o Ministério da Saúde anunciou nesta semana a instalação de hospitais de campanha e centros de hidratação em cidades com mais de 100 mil habitantes, onde os focos da epidemia são mais intensos. Essa medida tem como objetivo conter o aumento de mortes por dengue em 2025. Além disso, especialistas têm reforçado a importância de dedicar pelo menos 10 minutos semanais para eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.



*Com informações de David de Tarso

Irã afirma que negociação nuclear com os EUA continuará de ‘forma indireta’

A pedido de Teerã, o chefe da diplomacia, Abbas Araghchi, não se reuniu diretamente com o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, no sábado (12); no entanto, ambos tiveram uma breve conversa

  • Por Jovem Pan

No último domingo (13), o Irã decidiu retomar as negociações nucleares com os Estados Unidos de forma indireta, desconsiderando a proposta do presidente Donald Trump de tratativas diretas. As conversas, que serão mediadas pelo sultanato de Omã, estão agendadas para o próximo sábado (19), marcando um passo significativo na tentativa de reaproximação entre os dois países após anos de distanciamento. A decisão foi anunciada após uma reunião de alto nível, a primeira em anos, onde o Irã deixou claro que o único tema a ser discutido será o programa nuclear de Teerã. Desde 1980, os dois países não mantêm relações diplomáticas formais, o que torna essa retomada ainda mais relevante.


O chefe de diplomacia do Irã, Abbas Araghchi, não se encontrou diretamente com o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, mas ambos tiveram uma breve conversa. A Casa Branca descreveu as conversas como positivas e construtivas, considerando-as um avanço significativo. No entanto, o professor de relações internacionais Gunther Rudzit alerta que ainda há um longo caminho a ser percorrido para se chegar a um acordo. As negociações indiretas, intermediadas por Omã, têm como objetivo estabelecer as condições básicas para futuras discussões, mas ainda não está claro quais serão as exigências do Irã em troca de concessões.


A posição de Israel será crucial nas negociações, uma vez que o país tem pressionado para que o Irã não desenvolva um programa nuclear. O governo israelense tem sido um forte opositor do programa nuclear iraniano, o que pode influenciar significativamente o desenrolar das conversas. A situação do Irã, enfraquecido por reveses recentes, pode levar o país a considerar a negociação de seu programa militar nuclear. As negociações ganharam novo fôlego após ameaças de Trump de uma possível operação militar caso o diálogo fracassasse.


Desde 2018, esta é a primeira vez que Irã e Estados Unidos retomam conversas amplas, após a retirada dos Estados Unidos de um acordo internacional em 2015. O local do próximo encontro ainda não foi divulgado, mas a expectativa é de que as negociações possam abrir caminho para um entendimento mais amplo entre as duas nações.



*Com informações de Pedro Trito

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