Centenas de pessoas processam Japão por aquecimento global
Grupo exige indenizações simbólicas por inação do governo diante das mudanças climáticas
- Por Jovem Pan

Centenas de pessoas em todo o Japão iniciaram um processo contra o governo, nesta quinta-feira (18), para exigir indenizações por sua inação diante das mudanças climáticas, informou o advogado que apresentou a ação. “Acabamos de apresentar nossa ação e as evidências ao tribunal. Nosso recurso foi oficialmente aceito para tramitação”, declarou à AFP o advogado Akihiro Shima, que argumenta que a inação do governo é inconstitucional.
A demanda histórica critica as medidas “gravemente insuficientes” do Japão diante das mudanças climáticas, que colocam em risco a saúde e a vida dos quase 450 signatários da iniciativa. Um deles, o construtor Kiichi Akiyama, afirmou que o calor persistente faz com que sua equipe precise trabalhar de modo mais lento, o que gera “enormes prejuízos” para sua empresa. “Já tivemos casos em que pessoas desmaiam no campo ou caem mortas após voltar para casa”, disse o japonês de 57 anos.
Antes do processo anunciado nesta quinta-feira, outras cinco ações por causas climáticas foram apresentadas nos tribunais japoneses, incluindo uma contra usinas termelétricas a carvão, informou a professora Masako Ichihara, da Universidade de Kyoto, que acompanha as demandas judiciais em todo o país.
Contudo, segundo a professora e os advogados envolvidos, esta é a primeira ação que busca indenizações do Estado devido às mudanças climáticas. “As medidas tomadas pelo réu contra as mudanças climáticas são extremamente inadequadas e, como resultado, estão violando os direitos do demandante a uma vida pacífica e a desfrutar de um clima estável”, afirma o resumo da ação, obtido pela AFP.
Recorde de calor
O Japão sofreu neste ano o verão mais quente desde o início dos registros em 1898. Os demandantes alegam que as ondas de calor provocam perdas econômicas, prejudicam as plantações e deixam muitas pessoas expostas a golpes de calor debilitantes. Akiyama, que frequentemente trabalha sob calor intenso, diz que sua equipe leva até o triplo do tempo previsto para concluir seus projetos.
“Mal consigo cavar com uma pá por 10 minutos sem ter que sentar para descansar”, disse. “Não estaríamos nesta situação terrível se o governo tivesse mais iniciativa para adotar políticas climáticas”.
O porta-voz do governo japonês, Minoru Kihara, não comentou a ação, mas destacou que o Japão aprovou metas “ambiciosas” de redução de emissões, compatíveis com a meta de 1,5 °C do Acordo de Paris.
Processos similares foram apresentados em outros países, incluindo um na Coreia do Sul, onde jovens ambientalistas venceram o primeiro caso do tipo na Ásia, quando um tribunal decidiu no ano passado que muitas metas climáticas são inconstitucionais. Na Alemanha, as metas climáticas também foram declaradas insuficientes e inconstitucionais em 2021.
O processo no Japão busca uma compensação de mil ienes (US$ 6,5, R$ 35) por demandante. O advogado principal afirmou que os autores querem destacar “a questão da responsabilidade do país”, mais do que o dinheiro.
A professora Ichihara reconheceu que há poucas possibilidades de vencer no tribunal, mas “se o objetivo é chamar a atenção da opinião pública” pode ter sucesso por ser algo de fácil identificação para as pessoas. O Japão estabeleceu como objetivo reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 60% até 2035 e 73% até 2040, na comparação com os níveis de 2013.
As metas estão consideravelmente abaixo dos objetivos globais apontados no relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e não são vinculantes, segundo a ação.
*Com informações da AFP
Aparelho dobrável usado por irmã de Kim Jong-un gera suspeitas
História de Notícias ao Minuto Brasil
msn.com

Imagem divulgada pela imprensa estatal mostra Kim Yo-jong segurando um aparelho que se assemelha a um modelo dobrável chinês, reacendendo questionamentos sobre o acesso da elite norte-coreana a tecnologias avançadas apesar das sanções internacionais.
© DR
Fotos recentes divulgadas pela imprensa estatal da Coreia do Norte reacenderam dúvidas sobre o acesso da elite do regime a tecnologias estrangeiras. Kim Yo-jong, irmã e uma das principais conselheiras do líder Kim Jong-un, foi vista segurando um smartphone dobrável durante uma visita oficial a um hospital regional recém-inaugurado.
A imagem, publicada pela Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), mostra Kim Yo-jong ao lado do irmão durante a inspeção da unidade de saúde. O aparelho em suas mãos chamou atenção por se assemelhar a um modelo dobrável da linha Magic, da fabricante chinesa Honor, embora não seja possível confirmar a marca apenas pela fotografia.
Especialistas apontam que, apesar de a Coreia do Norte afirmar produzir celulares com marcas próprias, integrantes da elite política e militar frequentemente aparecem utilizando dispositivos que aparentam ser de origem estrangeira. Um veículo pró-Pyongyang sediado no Japão reforçou recentemente que o país mantém produção nacional de smartphones, mas não esclareceu se esses modelos incluem tecnologias dobráveis.
Caso o telefone usado por Kim Yo-jong tenha sido importado da China, o episódio pode configurar uma violação das sanções internacionais impostas ao país. A Resolução 2397 do Conselho de Segurança da ONU proíbe o envio de equipamentos elétricos à Coreia do Norte, como parte das medidas para restringir o acesso a tecnologia avançada e limitar fontes de receita externa.
Não é a primeira vez que integrantes do alto escalão norte-coreano são flagrados com esse tipo de dispositivo. Em 2023, imagens oficiais já mostravam Kim Jong-un e Hyon Song-wol, vice-diretora do Partido dos Trabalhadores, utilizando celulares dobráveis, embora na ocasião também não tenha sido possível identificar a procedência dos aparelhos.
O dado faz parte do estudo Tendências do Jornalismo: configuração em um mundo em crise, referente ao período de 2022 a 2025, divulgado hoje pela organização
Irã prende Narges Mohammadi, ganhadora do Nobel da Paz
Iraniana foi presa junto com outros ativistas durante a cerimônia em memória de Khosrow Alikordi
- Por Jovem Pan

As forças de segurança iranianas prenderam, nesta sexta-feira (12), de “forma violenta” a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2023 Narges Mohammadi, durante uma cerimônia em memória de um advogado falecido, informaram seus apoiadores.
“A Fundação Narges Mohammadi anunciou ter recebido informação confiável, segundo a qual Narges Mohammadi foi presa violentamente pelas forças de segurança e pela polícia há aproximadamente uma hora”, informou a instituição em uma postagem publicada às 10h de Brasília em sua conta no X.
Mohammadi, que teve a liberdade condicional concedida em dezembro de 2024, foi presa junto com outros ativistas durante a cerimônia em memória de Khosrow Alikordi, acrescentou a fundação.
O marido de Mohammadi, Taghi Rahmani, que mora em Paris, também afirmou no X que a ganhadora do Nobel foi presa durante a cerimônia na cidade de Mashhad, no leste do Irã, juntamente com a proeminente ativista Sepideh Gholian.
Alikordi, de 45 anos, atuou na defesa de clientes em casos delicados, inclusive presos durante a repressão aos protestos que eclodiram em 2022 e se espalharam pelo país.
A ONG Human Rights Activists News Agency (HRANA), com sede nos Estados Unidos, publicou imagens de Mohammadi assistindo à cerimônia, sem o véu obrigatório que as mulheres devem usar em espaços públicos no Irã.
A HRANA informou que os participantes repetiam palavras de ordem, como “Viva o Irã”, “Lutamos, morremos, não aceitamos nenhuma humilhação” e “Morte ao ditador”.
Outras imagens exibidas em canais de televisão em persa sediados fora do Irã mostraram esta defensora dos direitos das mulheres embarcando em um veículo e incentivando as pessoas a repetirem as palavras de ordem.
Mohammadi, de 53 anos, esteve presa por três anos até ser libertada em dezembro do ano passado, uma medida temporária adotada por razões médicas. Sua equipe de advogados tinha advertido que ela podia voltar a ser presa a qualquer momento e que não podia deixar o país.
Publicado por Nátaly Tenório
Governo confirma que salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026
Pela fórmula atual de correção, salário mínimo subirá 2,5%, por conta da alta do PIB de 2024, e mais a variação da inflação em 12 meses até novembro do ano passado.
Por Alexandro Martello, g1

O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo vai ser de R$ 1.621 em 2026. Com isso, o valor será R$ 103 acima dos atuais R$ 1.518.
Reportagem do g1 publicada mais cedo, nesta quarta, já informava que a estimativa de valor do salário mínimo para 2026 era essa.
O reajuste será aplicado a partir de janeiro – ou seja, no salário que o trabalhador recebe em fevereiro.
Pelo formato adotado, o reajuste corresponde à soma de dois índices:
- a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição;
- o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2026, vale o PIB de 2024 – que cresceu 3,4%.
Entretanto, em dezembro do ano passado, o governo aprovou uma lei que restringe o aumento real do salário mínimo a 2,5% (o teto de gastos do arcabouço fiscal).
Será aplicada, então, a inflação em doze meses até novembro deste ano (4,4%, conforme divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira) mais 2,5% de alta real (PIB de 2024, limitado a 2,5%).
Referência para 59,9 milhões de pessoas
De acordo com nota técnica divulgada em janeiro deste ano pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 59,9 milhões de pessoas no Brasil.
Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor.
inculados ao mesmo valor.
O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador.
Impacto nas contas públicas
Ao conceder um reajuste maior para o salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Isso porque os benefícios previdenciários, assim como o valor do abono salarial e do seguro-desemprego, entre outros, não podem ser menores que o valor do mínimo.
- 💰De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa em 2026 de aproximadamente R$ 420 milhões.
- Um aumento de R$ 103 ao salário mínimo no próximo ano, portanto, corresponde a um crescimento de cerca de R$ 43,2 bilhões nas despesas obrigatórias.
O aumento maior do salário mínimo é um dos principais itens que eleva as gastos obrigatórias. Com isso, sobrarão menos recursos para os gastos "livres" do governo, chamados de "discricionários" – o que pode afetar políticas do governo federal.
Para impedir um crescimento maior da dívida pública, e consequentemente dos juros cobrados do setor produtivo, alguns economistas defendem que o piso dos benefícios previdenciários deixe de ser vinculado ao salário mínimo, e que volte a ter correção apenas pela inflação (como foi no governo Jair Bolsonaro).
Salário mínimo necessário
O Dieese, por outro lado, calculou que, o salário mínimo mensal necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.067,18 em novembro desse ano, ou 4,66 vezes o piso mínimo nacional de R$ 1.518.
O cálculo leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Nova variante da mpox é descoberta na Inglaterra
Ela se manifesta principalmente com febre alta e a aparição de lesões cutâneas, e pode ser mortal
- Por Jovem Pan

A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA) indicou, nesta segunda-feira (8), que uma nova variante da mpox foi identificada na Inglaterra em uma pessoa que viajou recentemente à Ásia. Essa agência segue “avaliando a importância dessa variante”, que apresenta elementos dos dois subtipos da mpox: o clado 1, mais grave, e o clado 2. A mpox é causada por um vírus da mesma família que o da varíola. Ela se manifesta principalmente com febre alta e a aparição de lesões cutâneas, e pode ser mortal. “Nossos testes genômicos nos permitiram detectar essa nova variante da mpox”, indicou em um comunicado Katy Sinka, responsável por infecções de transmissão sexual da UKHSA.
“Embora a infecção pelo vírus mpox seja benigna para muitos, pode ser grave”, destacou Katy Sinka, recordando que a vacinação é “uma forma eficaz de se proteger contra as formas graves da doença”. Em setembro, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a mpox não era mais uma emergência de saúde internacional, argumentando, entre outras coisas, a diminuição das mortes e dos casos em vários países africanos. A emergência havia sido declarada um ano antes.
Identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo em 1970, a mpox permaneceu confinado durante muito tempo em alguns países africanos. No entanto, em 2022, começou a se espalhar para o resto do mundo, especialmente para países desenvolvidos onde o vírus nunca havia circulado.
*Com informações da AFP
Moro 'esconde' de suas redes operação da PF que pode levá-lo à cadeia
História de Ivan Longo
msn.com

O senador Sergio Moro (União-PR), que diariamente faz publicações nas redes sociais sobre temas envolvendo política, segurança pública e corrupção, resolveu "esconder" uma dos principais fatos políticos da semana: o de que a 13ª Vara Federal de Curitiba, unidade judicial que comandava em seus tempos de juiz da Lava Jato, foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) no âmbito de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF).
Relatado pelo ministro Dias Toffoli, o inquérito tem como base denúncias feitas contra Moro pelo empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia. Conhecido como "agente secreto" da Lava Jato, Garcia afirma ter sido usado por Moro para ações clandestinas que envolviam espionagem e chantagem contra políticos e magistrados.
Apesar de ser peça central no inquérito e alvo de acusações graves que, em última instância, podem até mesmo levá-lo à prisão, Moro vem, ao menos para seus seguidores nas redes sociais, fingindo que nada aconteceu. Em seus perfis na internet, não há nenhuma publicação, nem mesmo para se defender, sobre a operação da PF desta quarta-feira (3) na 13ª Vara Federal de Curitiba. Em vez disso, o ex-juiz fez postagens criticando a decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que limita a atuação do Senado na abertura de processos de impeachment contra integrantes da Corte.
A única manifestação de Moro sobre a devassa da PF em sua antiga unidade judicial se deu apenas através de uma nota protocolar redigida por sua defesa e distribuída a imprensa.
“A defesa do senador Sergio Moro não teve acesso aos autos do inquérito, instaurado com base em um relato fantasioso de Tony Garcia. Não houve qualquer irregularidade no processo de quase 20 anos atrás que levou à condenação de Tony Garcia por ter se apropriado de recursos de consorciados do Consórcio Garibaldi. Como o próprio PGR afirmou, não há causa para competência do STF no inquérito, já que não há sob investigação ato praticado por Sergio Moro na condição de senador ou ministro. O senador não tem qualquer preocupação com o amplo acesso pelo STF aos processos que atuou como juiz. Essas diligências apenas confirmarão que os relatos de Tony Garcia são mentirosos", diz o comunicado.
Entenda
Agentes da Polícia Federal (PF), cumprindo ordens do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizaram nesta quarta-feira (3) uma operação de busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná. Segundo fontes ouvidas pela Fórum com conhecimento sobre o caso, a ação seria "devastadora" para o senador e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro (União-PR), um dos principais pivôs do lawfare que levou à prisão de Lula por 580 dias na Superintendência da Polícia Federal (PF) da capital paranaense.
Toffoli determinou a operação após a 13ª Vara se negar a fornecer informações sobre processo instaurado a partir de denúncias feitas pelo empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia, que acusa Moro de ter conduzido investigações ilegais e clandestinas quando era responsável por processos do caso Banestado.
Garcia, conhecido como “agente infiltrado” da Lava Jato, afirma ter sido obrigado por Moro a realizar gravações ilegais em 2004, quando firmou um acordo de delação premiada após ser preso por fraudes ligadas ao Consórcio Nacional Garibaldi. Segundo o ex-deputado, o então juiz o teria instruído a espionar autoridades que possuíam foro privilegiado, entre elas o ex-governador Beto Richa e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com Garcia, parte das provas que podem comprovar essas acusações estariam arquivadas na própria 13ª Vara Federal, o que motivou o pedido de diligências.
O ministro também determinou que o inquérito continue sob competência do STF, negando pedido de Moro para que o caso fosse remetido à primeira instância, sob o argumento de que os fatos são anteriores ao mandato parlamentar.
As denúncias do “agente infiltrado”
As acusações de Tony Garcia, que ganhou notoriedade como empresário e político paranaense nos anos 1990, vêm sendo analisadas pelo STF desde 2023, quando a Corte decidiu abrir um inquérito sobre eventuais abusos cometidos por Moro e procuradores da Lava Jato. A defesa de Garcia sustenta que ele foi usado como instrumento ilegal do Ministério Público e da Polícia Federal, recebendo ordens diretas do ex-juiz para monitorar políticos e magistrados.
Em 2023, Garcia relatou ter colaborado com a Lava Jato por dois anos e meio, com direito a proteção policial e acesso a recursos da inteligência da PF. Ele também afirmou ter participado de ações de espionagem e chantagem que teriam mirado desembargadores do TRF-4, instância responsável por revisar as decisões da Lava Jato.
“Eu fui agente infiltrado do Ministério Público, trabalhei por dois anos e meio, com segurança e interceptações à disposição. Me fizeram de funcionário", disse Garcia em entrevista.
A gravidade das acusações fez com que o caso fosse levado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e reacendeu o debate sobre o lawfare – o uso político do sistema judicial – que marcou o período da Lava Jato. Segundo o advogado e jurista Kakay, ouvido pela TV Fórum, o inquérito aberto no STF com base nas denúncias de Garcia “pode desestruturar completamente a Lava Jato” e abrir caminho para a revisão de antigas delações.
Nubank vai mudar de nome? Entenda nova regra do BC para fintechs
Instituições financeiras que não tenham autorização para operar como banco precisarão retirar termos como "banco" e "bank" de seus nomes, o que pode afetar o Nubank
André Luiz Dias Gonçalves
Tecmundo

Uma nova regra do Banco Central (BC), divulgada na última sexta-feira (28), proíbe instituições financeiras que não possuem autorização para funcionar como bancos tradicionais de utilizarem termos como “banco” ou “bank” em seus nomes. A restrição deve afetar principalmente as fintechs, entre as quais o Nubank.
Passando a valer imediatamente, a norma faz parte de um conjunto de medidas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e objetiva impedir o uso inadequado da nomenclatura. As empresas impactadas terão prazo de 120 dias para apresentar um plano de adequação, com a adaptação podendo acontecer em até um ano.
Por que o BC proibiu uso das palavras “banco” e “bank”?
Inclusa na Resolução Conjunta 17/2025, a determinação para a padronização da nomenclatura ajudará a diminuir riscos de interpretação errada pelos usuários, de acordo com a autoridade monetária. A ideia é melhorar a transparência quanto aos serviços autorizados para cada empresa.
- “Será vedado às instituições utilizar termos que sugiram atividade ou modalidade de instituição, em português ou em língua estrangeira, para a qual não tenham autorização de funcionamento específica”, explicou o BC, em comunicado;
- Fintechs e empresas de tecnologia que trabalham com serviços financeiros são os principais alvos da medida;
- Apesar de oferecerem serviços bancários, elas geralmente têm autorização para operar como instituição de pagamento, em vez de licença específica para banco;
- Essa proibição contempla nome empresarial, nome de fantasia, marca, domínio de internet e as demais formas de comunicação com o público.
Clientes especulam que o banco digital adotará o nome “Nu”, já conhecido do público. (Imagem: Nubank/Divulgação)
Mas há uma exceção para a restrição. As fintechs que fazem parte de conglomerados financeiros poderão manter a nomenclatura atual, desde que pelo menos uma das instituições da organização possua autorização do órgão regulador para atuar como banco tradicional.
O Banco Central destaca, ainda, que a mudança foi influenciada pelos avanços recentes das fintechs, refletindo a necessidade de atualização das medidas regulatórias em meio aos novos modelos de negócio que estão surgindo no setor financeiro.
Nubank vai mudar de nome?
Estima-se que de 15 a 20 instituições financeiras sejam afetadas pela proibição dos termos “banco” e “bank”. A mais conhecida delas é o Nubank, que tem liberação para operar como sociedade de crédito, corretora de valores e instituição de pagamento, ou seja, precisará alterar o nome, em teoria.
O banco digital informou que está analisando a medida, mas ressaltou que a nova regra afeta somente o nome da instituição. “Nossas operações e a oferta de nossos produtos e serviços seguem normalmente, sem nenhum impacto para os clientes”, disse a fintech, em nota.
Conforme a Folha de S.Paulo, uma das possibilidades avaliadas pelo Nubank é a compra de um banco de menor porte, o que faria a empresa entrar na lista de exceção. Nas redes sociais, clientes apontam que o uso cada vez maior da expressão “Nu” para se referir à instituição dá pistas sobre o que está por vir.
Curtiu o conteúdo? Leia mais notícias no TecMundo e compartilhe-as com os amigos nas redes sociais.
Sarah Beckstrom, de 20 anos, membro da Guarda Nacional, morre após ataque "descarado" perto da Casa Branca, diz Trump.
O soldado Beckstrom e o sargento Andrew Wolfe foram emboscados por um atirador perto da Casa Branca na quarta-feira, 26 de novembro.
Por Nicole Acosta

Especialista do Exército dos EUA, Sarah Beckstrom.
Crédito:Guarda Nacional do Distrito de Columbia/Facebook
- A soldado Sarah Beckstrom, uma das duas integrantes da Guarda Nacional dos EUA baleadas em Washington, D.C., faleceu, anunciou o presidente Donald Trump.
- Beckstrom e o sargento Andrew Wolfe, que permanece em estado crítico, foram vítimas de uma emboscada armada perto da Casa Branca na quarta-feira, 26 de novembro.
- O suspeito, Rahmanullah Lakanwal, é um cidadão afegão que trabalhou anteriormente para a CIA.
A especialista do Exército dos EUA, Sarah Beckstrom, uma das duas integrantes da Guarda Nacional que foram baleadas em uma emboscada perto da Casa Branca, morreu.
O presidente Donald Trump , falando durante sua ligação telefônica de Ação de Graças para as tropas, disse ter sido informado de que Beckstrom, de 20 anos, não resistiu aos ferimentos. "Ela não está mais conosco. Ela está olhando por nós agora", disse ele, segundo a CNN .
Trump acrescentou que o segundo membro ferido da Guarda Nacional, o sargento Andrew Wolfe, de 24 anos, permanece em estado crítico.
Apenas 24 horas após a posse, Beckstrom e Wolfe, que estavam lotados em Washington, D.C., foram "emboscados em um ataque descarado e premeditado" na quarta-feira, 26 de novembro, conforme relatado anteriormente pela procuradora dos EUA para o Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, segundo informações da Associated Press , NBC News e CNN .

Membros do Serviço Secreto dos EUA e outras agências de segurança pública respondem a um tiroteio perto da Casa Branca em 26 de novembro de 2025.
Anna Moneymaker/Getty
A Guarda Nacional de Washington, D.C., classificou a morte de Beckstrom como uma "perda devastadora" nas redes sociais.
"A soldado Sarah Beckstrom veio da Virgínia Ocidental para o Distrito de Columbia para tornar a capital do nosso país um lugar seguro e bonito", diz uma publicação no Facebook . "Ela é uma heroína e lamentamos profundamente seu falecimento. Nossos pensamentos e orações estão com seus entes queridos e com a Guarda Nacional da Virgínia Ocidental."
As autoridades identificaram o suspeito como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, um cidadão afegão residente no estado de Washington, segundo informações da imprensa.
Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, Pirro alegou que Lakanwal dirigiu por todo o país e realizou o tiroteio com um revólver Smith & Wesson calibre .357. Ela acrescentou que era muito cedo para identificar um motivo.
Em um comunicado divulgado pela CNN, o diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou que Lakanwal havia trabalhado com a CIA como membro de uma "força parceira" em Kandahar, no Afeganistão. Segundo a NBC, ele também foi baleado durante o incidente de quarta-feira e está hospitalizado.

Rahmanullah Lakanwal.
FBI
Antes da morte de Beckstrom, Lakanwal foi acusado de agressão com intenção de matar enquanto armado e porte de arma de fogo durante um crime violento, informou a AP. Pirro disse no programa Fox & Friends na sexta-feira que o suspeito receberia uma acusação agravada de homicídio em primeiro grau.
Em uma publicação compartilhada no X , a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, disse que os promotores buscarão a pena de morte.
"Devastada. Por favor, orem pela família de Sarah. A América jamais esquecerá sua coragem. Haverá justiça para Sarah. Continuem orando por Andrew. Obrigada ao Presidente Trump — a pena de morte está de volta."
Trump diz que espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado ‘fechado’
Declaração feita pelo presidente norte-americano neste sábado (29) cita razões de segurança e amplia o isolamento diplomático do governo de Nicolás Maduro
- Por Jovem Pan

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (29) que o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela deve ser considerado fechado, em meio a um confronto crescente com o presidente esquerdista Nicolás Maduro.
“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E AO REDOR DA VENEZUELA COMO FECHADO EM SUA TOTALIDADE”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
Desde o início de setembro, o governo Trump aumentou a pressão sobre a Venezuela com o envio de uma frota militar ao Mar do Caribe como parte, segundo Washington, de sua luta contra o narcotráfico, incluindo o maior porta-aviões do mundo.
O governo Trump afirma que seu objetivo é interromper o tráfico de drogas procedente do país sul-americano, mas Caracas afirma que Washington busca uma mudança de regime.
Desde o início da mobilização da frota militar, as forças americanas mataram pelo menos 83 pessoas em mais de 20 ataques contra supostas ‘narcolanchas’, no Caribe e no leste do Pacífico.
Washington não apresentou nenhuma evidência de que as embarcações atingidas eram utilizadas para transportar drogas ou representavam uma ameaça aos Estados Unidos.
O jornal New York Times informou na sexta-feira (28) que Trump e Maduro tiveram uma conversa telefônica na semana passada, durante a qual abordaram uma possível reunião nos Estados Unidos.
A notícia sobre a ligação entre Trump e Maduro foi divulgada um dia após o presidente americano ter afirmado que os esforços para deter o tráfico de drogas venezuelano por terra eram iminentes, o que aumentou ainda mais as tensões com Caracas.
Quem é Osvaldo Nico Gonçalves, novo secretário de segurança pública de SP
Tarcísio de Freitas escolheu o então secretário-executivo (segundo cargo em importância) para substituir Guilherme Derrite. que estava licenciado do posto para relatar a lei Antifacção na Câmara
- Por Jovem Pan

O delegado Osvaldo Nico Gonçalves será o secretário de segurança pública do Estado de São Paulo a partir da próxima segunda-feira (1º). Com mais de quatro décadas de atuação na Polícia Civil, Nico, como é conhecido, era o secretário-executivo (o segundo cargo em importância) da pasta sob o comando de Guilherme Derrite, que deixa o cargo também na próxima segunda.
Nico tem 68 anos de idade e ocupou diferentes posições na segurança pública: atuou, por exemplo, como chefe da Delegacia Antissequestro e como delegado-geral da Polícia Civil na gestão Rodrigo Garcia, em 2022. A carreira foi bastante midiática, com casos e prisões famosos.
Apesar do cargo de delegado-geral ter funções mais administrativas, como a definição de estratégias e supervisão de operações, Nico não se afastou das diligências policiais, atuando também na linha de frente ao lado de agentes e investigadores.
Ele foi o fundador do primeiro Grupo de Operações Especiais (GOE) e também chefiou as equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garra).
Em 2020, Nico comandou a equipe que prendeu Fabrício Queiroz em Atibaia, no interior de São Paulo. No total, foram mobilizados 15 policiais e cinco viaturas para a ocorrência, sendo que o alvo da operação só foi revelado duas horas antes de os agentes chegarem no local.
Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Queiroz foi encontrado na casa de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Ele foi preso após denúncia do Ministério Público por suposto envolvimento em um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
“Pegamos o Queiroz dormindo. Ele acordou com a gente do lado dele”, revelou Nico à época. Queiroz foi solto em 2021 por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Outra prisão midiática conduzida pelo delegado foi a do médico Roger Abdelmassih em 2014, condenado por estuprar dezenas de mulheres no consultório em que atendia. Mais um caso foi a captura de Maurício Hernandez Norambuena, líder do sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001.
O primeiro caso de grande repercussão de Osvaldo Nico foi de outra natureza. Em 2005, o delegado deu voz de prisão ao jogador argentino Leandro Desábato, então no Quilmes, por cometer racismo contra o atacante Grafite, que estava no São Paulo, durante um jogo da Libertadores. Nico estava presente no estádio para coibir a extorsão de flanelinhas a motoristas, tomou conhecimento do caso e prendeu o argentino ainda no gramado.
Como secretário-executivo, o gabinete de Nico era decorado com dezenas de fotografias e recortes de jornais que narram uma parte de sua trajetória na polícia. Entre as imagens, havia uma em que Nico aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Além da carreira policial, Nico também é conhecido por conta dos restaurantes administrados por sua família. Ele é sócio minoritário de três pizzarias com sua esposa e filhos. A primeira unidade, no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo, funciona há mais de 40 anos. Ele afirma que não participa da administração do negócio, deixando isso a cargo de sua família, que, além das pizzarias, comanda um bar e um restaurante de comida italiana.
Indicação
A indicação de Nico, segundo fontes ouvidas pelo Estadão, é tida como mais conservadora, uma vez que mantém um nome que já integra a alta cúpula da secretaria e, ao mesmo tempo, atende a um pedido de policiais civis após o cargo ser ocupado por um nome ligado à PM.
“Pegamos o Queiroz dormindo. Ele acordou com a gente do lado dele”, revelou Nico à época. Queiroz foi solto em 2021 por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Outra prisão midiática conduzida pelo delegado foi a do médico Roger Abdelmassih em 2014, condenado por estuprar dezenas de mulheres no consultório em que atendia. Mais um caso foi a captura de Maurício Hernandez Norambuena, líder do sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001.
O primeiro caso de grande repercussão de Osvaldo Nico foi de outra natureza. Em 2005, o delegado deu voz de prisão ao jogador argentino Leandro Desábato, então no Quilmes, por cometer racismo contra o atacante Grafite, que estava no São Paulo, durante um jogo da Libertadores. Nico estava presente no estádio para coibir a extorsão de flanelinhas a motoristas, tomou conhecimento do caso e prendeu o argentino ainda no gramado.
Como secretário-executivo, o gabinete de Nico era decorado com dezenas de fotografias e recortes de jornais que narram uma parte de sua trajetória na polícia. Entre as imagens, havia uma em que Nico aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Além da carreira policial, Nico também é conhecido por conta dos restaurantes administrados por sua família. Ele é sócio minoritário de três pizzarias com sua esposa e filhos. A primeira unidade, no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo, funciona há mais de 40 anos. Ele afirma que não participa da administração do negócio, deixando isso a cargo de sua família, que, além das pizzarias, comanda um bar e um restaurante de comida italiana.
Indicação
A indicação de Nico, segundo fontes ouvidas pelo Estadão, é tida como mais conservadora, uma vez que mantém um nome que já integra a alta cúpula da secretaria e, ao mesmo tempo, atende a um pedido de policiais civis após o cargo ser ocupado por um nome ligado à PM.
Derrite, que recentemente se licenciou provisoriamente do cargo para voltar à Câmara dos Deputados e relatar o projeto de lei Antifacção no Congresso, já havia sinalizado que ia deixar a pasta no próximo mês, mas sem indicar uma data.
A expectativa, agora, é que a despedida do atual secretário se dê durante cerimônia de aniversário do batalhão Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que ocorre no centro de São Paulo.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nícolas Robert
Moraes dá 5 dias para defesa de Augusto Heleno apresentar documentos que comprovem Alzheimer
Ministro do STF aponta incompatibilidade entre a alegada doença mental e o exercício do cargo de chefe do GSI no governo Bolsonaro; general de 78 anos busca prisão domiciliar
- Por Jovem Pan

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (29) que a defesa do general Augusto Heleno apresente provas documentais robustas sobre o estado de saúde do militar. O despacho ocorre após os advogados solicitarem a conversão da pena de regime fechado para prisão domiciliar humanitária, alegando que Heleno sofre de demência mista (Alzheimer e vascular) em estágio inicial.
O general, condenado a 21 anos de prisão, começou a cumprir a pena no dia 26 de novembro, no Comando Militar do Planalto, após o trânsito em julgado da ação penal.
No pedido de urgência, a defesa sustentou que Heleno, com 78 anos, apresenta sintomas cognitivos e psiquiátricos desde 2018, com agravamento progressivo. Os advogados argumentam que o cárcere em regime fechado poderia causar danos irreversíveis à saúde do apenado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a manifestar parecer favorável à concessão do benefício.
No entanto, Alexandre de Moraes destacou em sua decisão a ausência de registros médicos que comprovem a doença no período alegado. O ministro ressaltou que, embora a defesa cite problemas desde 2018, apenas exames realizados em 2024 foram anexados ao processo. Não há nos autos laudos, receitas ou prontuários referentes aos anos de 2018 a 2023.
Contradição com cargo de ministro
O relator enfatizou a incompatibilidade entre o quadro clínico descrito e as funções públicas exercidas por Heleno. Entre 2019 e 2022, período em que já estaria doente segundo a defesa, o general ocupou o cargo de Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Moraes lembrou que a função envolvia o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o acesso a informações sensíveis à soberania nacional.
Além disso, o magistrado pontuou que, em interrogatório realizado em junho de 2025, Heleno exerceu sua autodefesa, respondeu às perguntas e optou parcialmente pelo silêncio, sem que seus advogados mencionassem qualquer limitação cognitiva naquela ocasião.
Novas exigências
Diante das inconsistências, Moraes determinou um prazo de cinco dias para que a defesa junte aos autos:
– O exame inicial de 2018 que teria diagnosticado a demência;
– Todos os prontuários, laudos evolutivos e prescrições médicas de 2018 até o presente momento;
– Comprovantes das consultas realizadas ao longo desses anos;
A defesa também deverá esclarecer se o general comunicou sua condição de saúde aos serviços médicos da Presidência da República ou a qualquer outro órgão oficial enquanto exercia o cargo de ministro no governo anterior.
SP vai ampliar equipes gestoras em escolas com maior número de alunos
Em unidades com mais de 1.500 estudantes, o número de profissionais na gestão poderá chegar ao triplo do atual
- Por Jovem Pan
A partir de 2026, escolas da rede estadual de São Paulo terão equipes gestoras proporcionais ao número de alunos matriculados. A medida, anunciada pela Secretaria da Educação (Seduc-SP), busca adequar a estrutura administrativa ao porte de cada unidade e melhorar a organização escolar e o acompanhamento pedagógico.
Pelo novo modelo, todas as escolas terão um conjunto mínimo de profissionais: diretor, coordenador pedagógico (CGP), gerente de organização escolar (GOE) e agente de organização escolar (AOE). Acima de 200 alunos, começam a ser acrescentados novos cargos. Entre 201 e 500 estudantes, as unidades receberão um vice-diretor e de um a três novos agentes de organização.
A partir de 501 matrículas, o reforço aumenta de forma progressiva. Em escolas com mais de 1.500 alunos, o número de profissionais na gestão poderá chegar ao triplo do atual. As regras detalhadas ainda serão definidas em resolução.
Segundo a Seduc-SP, a expansão atende a uma demanda de diretores e regionais de ensino, que relatam maior complexidade na condução de unidades com grande número de estudantes e docentes. A pasta afirma que a redistribuição pretende tornar a gestão mais equilibrada e adequada à realidade de cada escola.
O pacote prevê também mudanças no papel dos coordenadores de gestão pedagógica por área de conhecimento (CGPAC). A função será substituída pelo professor articulador por área de conhecimento (PAAC), cuja carga horária será definida conforme o número de docentes da unidade — podendo chegar a seis profissionais em escolas de maior porte. A vaga será aberta a qualquer professor com aulas atribuídas, e não apenas a docentes efetivos, como ocorre hoje.
Pancada na cabeça: riscos invisíveis que podem surgir dias depois
Até impactos aparentemente simples podem causar sintomas tardios e afetar o raciocínio, a memória e a qualidade de vida
- Por Brazil Health
- Por Jovem Pan

Sintomas tardios que exigem atenção médica
Após um traumatismo considerado leve, é comum que a pessoa retorne rapidamente às atividades, acreditando que nada aconteceu. Porém, alterações sutis podem surgir depois e funcionar como sinais de alerta. Entre os sintomas mais frequentes estão dor de cabeça persistente, tontura, visão embaçada, dificuldade de concentração, irritabilidade, problemas de memória, sensibilidade à luz ou ao barulho e sensação de lentidão para pensar.
Esses sintomas fazem parte da chamada síndrome da concussão – um conjunto de manifestações neurológicas temporárias que exigem avaliação de um neurocirurgião ou neurologista para afastar lesões mais profundas. Em crianças e idosos, o risco de evolução silenciosa é ainda maior, já que pequenos sangramentos podem passar despercebidos nas primeiras horas.
Consequências subestimadas na qualidade de vida
Mesmo quando os exames iniciais estão normais, o traumatismo craniano leve pode impactar tarefas simples do dia a dia. Muitas pessoas relatam dificuldade para trabalhar, aumento do cansaço mental, perda de produtividade e maior irritabilidade. A privação de sono, a ansiedade e a queda do desempenho escolar também são consequências comuns.
O cérebro, ao sofrer uma concussão, entra em um período de vulnerabilidade metabólica. Isso significa que novas pancadas – mesmo leves – podem ser mais perigosas nesse intervalo, especialmente para praticantes de esportes de contato. Em alguns casos, sintomas mal tratados podem evoluir para um quadro prolongado, chamado síndrome pós-concussional, que pode durar meses e comprometer profundamente o bem-estar.
Como tratar e prevenir complicações futuras
Diante de qualquer impacto na cabeça, o ideal é observar o paciente por 24 a 48 horas. Se houver sonolência excessiva, vômitos repetidos, piora progressiva da dor de cabeça, desorientação, fala arrastada ou qualquer alteração de comportamento, a busca por atendimento imediato é obrigatória.
O tratamento inicial do TCL envolve repouso físico e cognitivo – reduzir estímulos, evitar telas, limitar atividades que exigem grande concentração e dormir adequadamente. Em alguns casos, o neurocirurgião pode solicitar exames de imagem ou orientar terapias complementares, como fisioterapia para o equilíbrio ou reabilitação cognitiva.
A prevenção também tem papel essencial. O uso de capacete em atividades de risco, atenção redobrada ao dirigir, cuidados para evitar quedas em idosos e respeito às regras de segurança em esportes são medidas que podem evitar traumas mais graves. Além disso, praticantes de esportes de impacto devem seguir protocolos de retorno gradual às atividades após qualquer concussão.
O traumatismo craniano leve não deve ser encarado como algo trivial. Mesmo sem sinais imediatos de gravidade, ele pode desencadear sintomas persistentes e comprometer funções essenciais do cérebro. Reconhecer os sinais, buscar avaliação especializada e respeitar o tempo de recuperação são passos fundamentais para garantir segurança, prevenir complicações e preservar a qualidade de vida.
Prof. Dr. Baltazar Leão – CRM-MG 44033 | RQE 31846
Neurocirurgião
Professor adjunto do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG
Doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais
Membro da Brazil Health
Anvisa determina recolhimento de vinagre de maçã da marca Castelo
Segundo o órgão, o item apresentou resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa quantitativa de dióxido de enxofre
- Por Jovem Pan

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou nesta semana, no Diário Oficial da União (DOU), o recolhimento de um lote do vinagre de maçã da marca Castelo, além da proibição de comercialização, distribuição e consumo do produto.
Segundo o órgão, o item apresentou resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa quantitativa de dióxido de enxofre realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), indicando quantidade da substância não declarada no rótulo.
No lote 12M2 do vinagre de maçã da marca, foi detectada a presença de 340,65 mg/L de dióxido de enxofre, composto que pode causar alergias em pessoas sensíveis.
A Anvisa informa que a ausência da declaração do componente no rótulo infringe instrução normativa da agência, além de resoluções e decreto-lei vigentes.
PUBLICIDADE
Em nota, a Castelo afirma que está adotando todas as medidas necessárias e cooperando com os órgãos reguladores.
“Reforçamos nosso compromisso com a qualidade, segurança e transparência, valores que norteiam nossa atuação ao longo de 120 anos de história, pois sabemos que o consumidor confia em nossa marca pela consistência e pelo cuidado com a excelência”, diz a empresa.
A orientação é que os consumidores verifiquem se possuem o produto do lote 12M2, com data de fabricação de 25 de março de 2025 e validade até 25 de setembro de 2026. Em caso positivo, a Castelo pede que entrem em contato com o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) pelo telefone 0800-771-6111 ou pelo e-mail sacc@casteloalimentos.com.br.
*Estadão Conteúdo

